"Neste espaço divulgamos alguns recursos, que compõem as tecnologias de construção para Internet e possibilitam a interação com conteúdos educacionais."

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Função da Escola por Libâneo


Em entrevista para o SINPRO-SP, o professor e pesquisador José Carlos Libaneo, define a função da escola tendo em vista que a escola não apresenta mais o monopólio do saber. Enfatiza também o papel do professor e as formas que o aluno percebe a escola nos dias atuais.

Rubem Alves - O papel do professor






Rubem Alves acredita que o papel do professor é ensinar o aluno a pensar provocando a curiosidade da criança ou adolescente.

sábado, 26 de novembro de 2011

Somos pessoas ou personagens?


Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
Complemento do meu livro Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª São Paulo: Paulinas, 2007.

Vejo pessoas que por atividade profissional ou circunstâncias desenvolvem certas atitudes, principalmente em público, que – desconfio - as transformam em personagens de si mesmas. De tanto repetir os mesmos modelos, de atender às expectativas dos demais, mostram uma personalidade e um desempenho previsíveis, que pode distanciá-los progressivamente de quem são realmente, intimamente.
Observo pessoas que riem constantemente em público, que são engraçados e me pergunto, como elas serão quando estão sozinhas, nas madrugadas da vida? manterão a mesma atitude de rir de si mesmas, a mesma visão positiva do mundo? tratarão bem os que moram perto?
Com tantos holofotes, câmeras e possibilidades de tornar-se visível nas telas de TV, vídeo ou Internet, o que é real e o que é figuração? Desconfio que muitos vivem personagens tão fortes e intensos, que vão, aos poucos, construindo uma personalidade que não separa mais o representar do ser. E acreditam que são aquilo que representam, porque sempre “vivem” os mesmos personagens. Transformam-se em seus próprios personagens.
Todos representamos socialmente alguns papéis, nos comportamos de uma forma parcialmente diferente quando estamos em público do que quando estamos sozinhos. Mas se acreditamos mais nos comportamentos sociais do que nos pessoais, corremos o risco de viver cada vez mais de aparências, enquanto sufocamos nosso eu profundo envolto em camadas de papéis, de ficção. Podemos, depois de anos, não saber quem somos de verdade, se já introjetamos esses papéis de uma forma que pensamos que somos aquilo que representamos.
A construção da identidade pessoal hoje é muito mais complexa do que antes. É fácil deslumbrar-nos com o sucesso que conseguimos em determinados momentos profissionais ou sociais e querer transferi-los para situações mais privadas ou íntimas. Há atores profissionais que entram tanto nos personagens que continuam vivenciando-os quando chegam em casa. Outros atores, ao sair do set, esquecem o personagem que estavam filmando e retomam suas vidas.
É importante analisar se estamos representando sempre, se nos escondemos de nós mesmos nos vários espaços pelos quais transitamos. Como educadores podemos ajudar muito nossos alunos se nos mostramos o mais próximos do que somos, se nos escondemos cada vez menos em papéis sociais. Um dos processos de aprendizagem mais importantes para cada um de nós é ir evoluindo sempre mais na direção da simplicidade, da coerência, da transparência entre o que somos e o que comunicamos, entre o mundo pessoal e o social. Viver como personagens representando papéis nos impede de aprender o principal: a crescer como pessoas cada vez mais plenas e realizadas.

O aparente e o real no mundo digital


José Manuel Moran

Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
Complemento do meu livro Desafios na Comunicação Pessoal . 3ª São Paulo: Paulinas, 2007.
Cada vez é mais difícil perceber o que é real e o que aparente. Os afetos verdadeiros dos movidos por outros interesses. É difícil separar o que é divulgação de exibicionismo, no mundo físico e no digital. Blogs são ótimos para divulgação, mas vemos tanto exibicionismo, tanta necessidade de se mostrar!. Parece que se não nos percebem, não existimos. E que se não bisbilhotamos a vida dos outros, nos falta algo.
Estamos, sem dar-nos conta, mais voltados para fora de nós do que para nós mesmos. Agitamo-nos, olhando-nos o tempo todo no espelho dos outros. É importante ter retornos, mas não a qualquer preço e, principalmente, não forçando o que não somos, violentando nosso jeito de ser, querendo aparentar o que não é autêntico em nós.
Há uma mudança de ênfase hoje na divulgação da intimidade. Todos tínhamos um lado público, que se expressava mais no profissional e nos diversos ambientes sociais nos quais nos movíamos. Havia também um ambiente privado, o familiar, o pessoal, muitas vezes indevassável, desconhecido pela maioria.
Agora com as redes sociais, os blogs, o Youtube, o Twitter e tantas outras possibilidades de divulgar e ver em tempo real, não há quase distinção entre o público e o privado, entre o que é real e o que é aparente. Há uma febre por divulgar-se, autopromover-se, mostrar-se o tempo todo e ao mesmo tempo por xeretar a vida dos outros, por compartilhar e bisbilhotar ao mesmo tempo, cujas manifestações mais paradigmáticas hoje são os reality shows, os Big Brothers. O Twitter é uma rede social de comunicações curtas, nervosas, que mostra a banalidade do cotidiano. E se formam redes de pessoas que acompanham essas mensagens, e que monitoram cada passo que divulgamos.

Cada vez agimos mais para nos mostrar do que para nos esconder. Se sabemos que vamos ser vistos, lidos ou bisbilhotados nosso comportamento não será “autêntico”, será direcionado para o espetáculo do voyeurismo. Quando sabemos que há câmeras nos filmando passamos a atuar, de alguma forma. As câmeras, as telas que nos mostram orientam nosso dia a dia, como protagonistas ou consumidores de informação, como criadores de mensagens ou como observadores da vida alheia.
Muitos devem olhar para este texto como se fosse saudosista, como se não compreendesse que estamos em época de grandes mudanças, que as pessoas gostam de criar grandes redes de amigos virtuais, e que toda essa efervescência é natural, dada a facilidade de tornar-se visível e a necessidade de sermos valorizados.
Entendo perfeitamente esta efervescência. Preocupa-me o que está por baixo do frenético movimento destas trocas virtuais. Estamos tendo tempo para nós? para conhecer-nos de verdade? Para selecionar melhor, refletir, aprofundar, avaliar o que vale a pena entre tantas possibilidades? Encontramos tempo também para as pessoas reais ao nosso lado, com suas contradições e afetos concretos?

Há muitas mudanças acontecendo e não podemos ignorá-las ou condená-las. Só estou chamando a atenção para uma inversão de valores, que pode nos prejudicar como pessoas e sociedade. Não seria melhor depender menos da quantidade de olhares dos outros, e mais da qualidade desses olhares?. Não seria melhor valorizar mais qualidade do que quantidade em tudo? Por que precisamos de centenas ou milhares de amigos virtuais? Não valeria mais a pena cuidar dos poucos amigos verdadeiros que nos acompanham de verdade nos bons e nos maus momentos e que talvez não estão inscritos nas nossas redes digitais? Por que precisamos aparecer sempre e bisbilhotar tanto? Talvez para não encarar a profunda solidão existencial que sentimos quando estamos sós, sem toda essa intrincada parafernália tecnológica que nos sustenta.
O que é real e o que é aparente? Não é fácil distinguir, mas se não acharmos tempo para refletir mais, para valorizar as coisas simples da vida, corremos o risco de agitar-nos demais e de perder nossa identidade no redemoinho efervescente da construção social digital.

Causar impacto ou fazer escolhas coerentes?


Especialista em mudanças na educação presencial e a distância

Na vida fazemos escolhas bobas e escolhas significativas. As mais importantes são as que nos levam ao que somos neste momento: que tipo de pessoa nos tornamos? Vivemos para os outros (o que conta é aparência, não a verdade) ou vivemos para nós mesmos? Somos pessoas coerentes ou incoerentes? Procuramos melhorar ou já desistimos? Em que áreas continuamos evoluindo e em quais já não o fazemos?

A tentação é muito grande de seguir a orientação externa, de olhar sempre para os demais para depois agir e, em doses excessivas, nos prejudica muito.  A desistência, também. A coerência é complicada, porque nos exige uma constante vigilância contra nossa vontade de enfeitar, de mentir, de esconder, de mascarar. E há mil justificativas para o fingimento. Em curto prazo, lucramos muito mais. Fingir é mais fácil que realizar. A longo prazo, a coerência interna, a aceitação de cada etapa, mesmo do que não conseguimos mudar, é fundamental para o nosso crescimento como pessoas e como profissionais. Demoramos muito mais do que os movidos por marketing, mas a construção costuma ser mais sólida.
Coerência não significa perfeição, domínio de tudo. Coerência significa olhar com tranqüilidade para tudo o que somos e fazemos e procurar não mascarar de nós mesmos o que enxergamos. Onde somos incapazes, o aceitamos e vamos procurando mudar na medida em que nos for possível, mas intimamente sabemos que temos áreas cinzentas de imobilidade e dificuldades.

Podemos escolher viver de aparências ou viver coerentemente. Ambas têm ganhos e perdas. Quem vive de aparências, costuma seduzir mais rapidamente os outros, achar os melhores espaços, ganhar visibilidade, porque a procura intensamente. A médio ou longo prazo, em geral, a construção apresenta furos e costuma fazer algum tipo de água nas pessoas mais perspicazes. A construção da coerência é mais trabalhosa, silenciosa e pouco glamorosa. Alguns querem aparecer, porque o aparecer é um valor e traz muitas vantagens. Outros preferem que o seu trabalho e contribuições falem por si mesmos, e não montam esquemas de marketing para visibilizar-se. Se você tem algo importante para contribuir socialmente,  muitos o perceberão, provavelmente num ritmo menor, mas com resultados mais consistentes.

Contribuiremos mais para a educação se mostrarmos coerência crescente entre o que pensamos, o que ensinamos e o que fazemos.

A Internet para apoio à pesquisa

          A WEB é uma fonte de avanços e de problemas.  Podemos encontrar o 
que buscamos, e também o que não desejamos. A facilidade traz também a 
multiplicidade de fontes diferentes, de graus de confiabilidade diferentes, de 
visões de mundo contraditórias. É difícil selecionar, avaliar e contextualizar 
tudo o que acessamos. 
A facilidade em postar mensagens na Internet é também uma das maiores 
fragilidades. Um texto que estava disponível ontem pode não o estar hoje. Uma 
página web que tinha um formato, pode aparecer no dia seguinte com outro ou 
com outro conteúdo. Por isso as normas bibliográficas exigem que se coloque 
a última data de acesso a Internet nas referências.
Num livro de texto a dificuldade de revisar as referências da WEB é muito 
maior. E quando um site  ou endereço muda é quase impossível comunicá-lo 
rapidamente aos leitores, a não ser pela própria Web ou aguardar uma nova 
reimpressão. Convém avisar os leitores da edição impressa que podem existir 
endereços web com erros, pela alta volatilidade das informações digitais. 
Também é importante manter uma página digital com atualizações e correções, 
para diminuir os problemas ocasionados pelas súbitas mudanças nas páginas 
da Internet. Faltam-nos campanhas educativas que esclareçam a população da 
fragilidade da  Internet, dos problemas que podem acontecer e das 
inconsistências mais recorrentes.                                                                                                                    
Aproveitaremos melhor o potencial da Internet, se equilibramos a rapidez e 
multiplicidade da informação com o necessário tempo de análise, de 
decantação, de reflexão. Se focarmos menos quantidade e mais qualidade da 
observação, da percepção, da comunicação. Se combinarmos a função de 
“radar” - que mapeia e descobre - com o de “focar” - que aprofunda e ilumina. 
Os professores podem ajudar os alunos incentivando-os a saber 
perguntar, a enfocar questões importantes, a ter critérios na escolha de  sites, 
de avaliação de páginas, a comparar textos com visões diferentes. Os 
professores podem focar mais a pesquisa do que dar respostas prontas. Podem propor temas interessantes e caminhar dos níveis mais simples de 
investigação para os mais complexos; das páginas mais coloridas e 
estimulantes para as mais abstratas; dos vídeos e narrativas impactantes para 
os contextos mais abrangentes e assim ajudar a desenvolver um pensamento 
arborescente, com rupturas sucessivas e uma reorganização semântica 
contínua.
É importante que alunos e professores levantem as principais questões
relacionadas com a pesquisa: Qual é o objetivo da pesquisa e o nível de 
profundidade da pesquisa desejado? Quais são as “fontes confiáveis” para 
obter as informações? Como apresentar as informações pesquisadas e indicar 
as fontes de pesquisa nas referências bibliográficas? Como avaliar se a 
pesquisa foi realmente feita ou apenas copiada?
Umas das formas de analisar a credibilidade do conteúdo da sua 
pesquisa é verificar se ele está dentro de um portal educacional, no endereço 
de uma universidade, revista  especializada ou em qualquer outro espaço 
acadêmico reconhecido. Também é importante verificar de quem é a autoria do 
artigo ou da reportagem ou a credibilidade do veículo de divulgação.
Pensando mais nos usuários jovens e adultos, Nilsen e Morkes propõem 
algumas características que uma página da WEB precisa apresentar para ser 
efetivamente lida e pesquisada:
- palavras-chave realçadas (links de hipertexto, tipo de fonte e cor funcionam 
como realce); 
- sub-títulos pertinentes (e não "engraçadinhos"); 
- listas indexadas; 
- uma informação por parágrafo (os usuários provavelmente pularão 
informações adicionais, caso não sejam atraídos pelas palavras iniciais de um 
parágrafo); 
- estilo de pirâmide invertida, que principia pela conclusão; 
- metade do número de palavras (ou menos) do que um texto convencional. A 
credibilidade é importante para os usuários da WEB, porque nem sempre se sabe quem está por trás das informações nem se a página pode ser digna de 
confiança. Pode-se aumentar a credibilidade através de gráficos de alta 
qualidade, de um texto correto e de  links de hipertexto apropriados. É 
importante colocar links que conduzam a outros sites, que comprovem que há 
pesquisa por trás e que dêem sustentação para que os leitores possam checar 
as informações dadas.
Prof. Moran - 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Só pelo tablet: Colégio do Rio elimina uso do papel

Cerca de 3000 alunos do ensino médio vão ter acesso a todo material didático em tablets

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Alunos terão acesso ao material didático por meio de tablets.  A tecnologia adotada permite que os livros sejam baixados para  o aparelho Foto: Divulgação
Alunos terão acesso ao material didático por meio de tablets. A tecnologia adotada permite que os livros sejam baixados para o aparelhoDIVULGAÇÃO
RIO - O material escolar está sendo substituído por um único item. No lugar da mochila abarrotada de livros, cadernos e lápis, um tablet reúne todas as necessidades do aluno e começa a fazer parte do ambiente escolar. A Rede de escolas MV1, no Rio anunciou nesta quinta-feira que começou a disponibilizar para os seus 3 mil alunos do ensino médio toda coleção de apostilas no formato de e-book para tablets. Segundo a instituição, o objetivo é substituir todos os materiais impressos pelos tablets, o que deve colaborar com a preservação da natureza e com a redução de gastos.
- Agora temos na mão um equipamento que realmente vai propiciar a interatividade que faltava no cotidiano das aulas. Os alunos vão poder usufruir, em classe, da mesma tecnologia que eles estão acostumados. Ao invés de disponibilizamos o conteúdo em cópias preto e branco, com o tablet todas as cores estão disponíveis - afirma O professor José Carlos Portugal, diretor da Rede MV1, acrescentando que além da economia de dinheiro e da preservação do ambiente, a tecnologia vai trazer uma nova dimensão para o aprendizado.
A tecnologia adotada permite que os livros sejam baixados bimestralmente ao longo do ano, contendo hiperlinks e acesso direto a uma área de reforço e de complementação online, em que, num ambiente protegido por login e senha, os alunos vão encontrar exercícios de apoio, dicas e conteúdos extras de temas que acabaram de acontecer. Além disso, todos poderão fazer às sextas-feiras um teste online, verificando o que aprenderam durante a semana.
- Nesse ano de implementação da nova tecnologia o aluno ainda terá a opção pela coleção de livros e apostilas achamos que a grande maioria vai apostar na versão tablet, afinal esse equipamento é hoje a coqueluche entre os jovens - garante Portugal que calcula que a economia na compra do material vai subsidiar parte do investimento, pois há tablets de 7 polegadas que hoje são encontrados na faixa dos R$ 350,00.
Aplicativos feitos para a aula
A loja de aplicativos da Apple disponibiliza ferramentas desenvolvidas especialmente para a sala de aula, como o “The Elements", uma tabela periódica animada. “Esse é um dos aplicativos que planejo usar para a aula de Química”, conta Samuel. O app pode ser comprado por US$ 14 e possui versão apenas em inglês.
Outra opção é o “Humman Body Encyclopedia D”, que custa US$ 1. O aplicativo ajuda os alunos a memorizar as partes do corpo humano e o nome dos órgãos. Como está disponível apenas em inglês, o app também pode ser usado para praticar o idioma.
O “iStudiez Pro”, aplicativo para organizar tarefas e horários das aulas, tem versão em português e é vendido por US$ 3. E o “Flashcards Deluxe” auxilia na criação de cartões de estudo que ajudam na memorização de aulas. Também só está disponível em inglês e custa US$ 4.
A loja de aplicativos para o sistema operacional do Google, Android, que roda no Galaxy Tab, da Samsung, também possui ferramentas para a educação. Confira no site Android Market (https://market.android.com).


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/so-pelo-tablet-colegio-do-rio-elimina-uso-do-papel-3313890#ixzz1elLS6uTa
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cientistas da computação de Cuiabá debatem entretenimento na educação

Evento vai debater novas formas de aplicar o entretenimento na educação.
Minicursos e palestras serão apresentados durante o evento


Profissionais de Ciência da Computação, alunos e interessados na área vão debater novas formas de aplicar o entretenimento na educação brasileira durante um evento a partir desta quarta-feira (16). “Elos digitais: do entretenimento à educação” será o tema de discussão da ERI (Escola Regional de Informática), será realizado em Cuiabá durante os dias 16 e 18 de novembro na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e no Centro Universitário Candido Rondon (Unirondon).
Durante os três dias do evento, minicursos e palestras serão apresentados e de acordo com o secretario regional em Mato Grosso da Sociedade Brasileira de Computação, Cristiano Maciel, o evento terá a participação de diversos palestrantes de todo o país. “Nosso objetivo é proporcionar um curso voltado para profissionais de tecnologia da informação de todo o estado. Teremos uma vasta  programação para esses três dias”, ressaltou.
Está é a segunda vez que um evento da ERI acontece em Mato Grosso. Os interessados em participar da programação podem acessar o site do evento e fazer a inscrição.

"Gonzo da Educação"

Bruno Peron
GONZO DA EDUCAÇÃO
Bruno Peron Loureiro

Por quenão se dá a atenção devida à educação infantil? Famílias descuidam seu papelcomo educadores e incumbem proles insustentáveis ao Deus-dará ou oEstado-proverá.
Ascrianças desenvolvem-se em sociedades de comunicação e informação e adquiremdestrezas distintas das que se requeriam nas gerações anteriores. Um jovem dedez anos maneja com facilidade a maioria das funções de um aparelho celularrecém-lançado, enquanto um adulto de cinquenta engatinha no uso das novastecnologias.
Ajuventude é a fase mais delicada e vulnerável de formação do caráter. É nelaque os pais e outros entes envolvidos no processo educativo devem oferecer omelhor de si para a tarefa reprodutiva e evolutiva a que se sujeitaram.
Não poracaso sustento medidas radicais de controle de natalidade em paísessubdesenvolvidos a fim de que as famílias propiciem às crianças todo o carinhoe os recursos necessários para a construção de seres dignos e cientes de seusdireitos e deveres.
Aspolíticas governamentais brasileiras por vezes desprezam a formação da criançacomo construtora de uma nação forte e exemplar. Em vez de buscar parcerias comgestores de outras políticas públicas sociais, acabam por tratar a criança tãopontualmente como o médico ocidental extirpa o efeito físico das doenças edespreza as causas emocionais.
Logosurgem políticas públicas de aprovação automática nas escolas de ensinofundamental, criação de cursos que preparam o jovem para ser mão-de-obra braçale mal remunerada o resto da vida, e formação de laços estranhos com ainiciativa privada que têm transformado o prestígio dos estudantes de colégiospúblicos em vira-latas atrás de sucatas.
É precisoser hábil, probo e responsável para lidar com políticas públicas educativas voltadasaos jovens, visto que recrudescem-se os interesses privados sobre a esferapública e a tentativa de omitir também o idioma português através do ensinobilíngue desde muito cedo e em prol quase sempre do inglês.
A criançademora para ter consciência daquilo que lhe inculcam desde idades imaturas,destarte as mudanças de orientação religiosa e as rebeldias serem tãofrequentes na adolescência. É uma temporalidade da formação que demanda ofertasbenéficas e variadas para estimular a criatividade, e o acompanhamento dosresponsáveis.
Não é raroque as crianças sugiram ideias e ações diferentes das de seus familiares epassem esporadicamente a educá-los como se houvesse inversão de papéis. Tenhoacompanhado políticas municipais que visam a educar as crianças para o trânsitomuito antes da habilitação a fim de que se gere um "efeito multiplicador".
Aconsideração das crianças como esperança de um mundo melhor não subtrai aimportância que atribuo às outras faixas etárias, que culminam no heroísmo dosidosos em superar as vicissitudes e os desafios da vida. Estes fenecem e levamconsigo enciclopédias biográficas e experiências profundas da existência,raramente captadas pelas gerações subsequentes e entranhadamente embebidas nasfontes modernas de informação.
As trilhasdo processo educativo são amplas nalguns trechos mas sinuosas noutros porque osgestores nem sempre se dispõem a acompanhar a conjuntura cultural e os desafiosemergentes que tornam o giz um monitor em preto e branco.
É comumescutar que os jovens leem pouco e a falta deste hábito os tem emburrado, porémnunca se leu tanto como na era atual transpassada pelos meios de comunicação einformação, como mensagens de texto em celular, legendas de filmes, bate-paposvirtuais, e publicações de amigos em redes sociais.
Estediagnóstico, porém, poderia situar-se melhor nos tempos atuais desde que secritique o conteúdo das leituras e como elas contribuem (ou não) para aformação cívica num período tão vulnerável desta geração.
Criançasdevem crescer com oportunidades variadas e instruções para fazer a escolhamenos passível de arrependimento, assim se evita a fatalidade de ter que seguirum ofício e não outro de seu interesse e se lhes reserva a responsabilidadesobre seus pensamentos e atos.
Há quefazer uma aposta na dignidade das crianças através de atenção especial, queignore laços sanguíneos e a presunção de que o problema da educação no Brasilresume-se nos salários baixos dos professores do sistema público de ensino.
Muitasvezes é viável inverter os papéis de quem ensina e quem aprende.
Afinalidade desta inversão é o intercâmbio de carências e demandas.
O gonzo daeducação articula as crianças com a sublimação do ser humano.


http://www.brunoperon.com.br

Quarenta anos de um novo ciclo na Educação

Ensino Fundamental sepultou prova de admissão na 5ª série, o que excluía exército de crianças da escola. Hoje há mais alunos, mas qualidade do aprendizado está no vermelho

POR MARIA LUISA BARROS
Rio  - Há 40 anos, uma reforma no ensino brasileiro deu os primeiros passos rumo à universalização da educação obrigatória e gratuita para estudantes dos 7 aos 14 anos. Nascia assim o Ensino Fundamental, deixando para trás os antigos primário e ginásio e pondo fim ao exame de admissão, na 5ª série, que excluía da escola milhares de crianças. A Lei nº 5.692, de agosto de 1971, gerou sequência de oito séries, integrando quatro do primário e mais quatro do 1º ciclo do Ensino Médio. Recentemente ganhou o 9º ano, incorporando a alfabetização.

Conhecido durante muito tempo como Primeiro Grau, o ciclo inicial da Educação Básica atravessou quatro décadas aos trancos e barrancos. E chegou aos dias atuais com mais de 90% de jovens e crianças na escolas, mas oferecendo instrução de baixa qualidade que mantém o Brasil na lanterna da educação mundial. “A qualidade do ensino não acompanhou a expansão das matrículas”, avalia Nicholas Davies, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Nos anos 80, o então governador Leonel Brizola criou os Cieps. Eram aulas, alimentação, assistência médica, lazer e atividades culturais em tempo integral. “Havia respeito maior pelo professor e eram mais disciplinados. Hoje eles são muito mais espertos e ligados nas novas tecnologias”, observa Valéria Bitencourt, gerente do Centro de Referência da Educação Pública, da Secretaria Municipal de Educação. Os boletins e as chamadas no papel hoje são eletrônicos nas escolas municipais e estaduais.
Dados do IBGE mostram que só 19% concluem o Ensino Fundamental sabendo o que deveriam em Matemática e 32,6%, em Português. Dos que ingressam na 1º série, apenas 65,5% terminam o 9º ano. A meta do Governo é incluir 40 mil escolas públicas em horário integral e ampliar a carga de quatro para cinco horas diárias.
Claudia Costin: VOLTAMOS A REPROVAR. NÃO MAQUIAMOS’
Há 3 anos, a secretária Cláudia Costin acabou com a aprovação automática nas 1.065 escolas municipais. Ampliou as em horário integral (hoje são 481), criou Escolas do Amanhã em áreas de risco e adotou provas para medir o aprendizado dos mais de 600 mil alunos.

1. Que importância teve a criação do Ensino Fundamental?
— Antes não havia vaga para todo mundo. A maioria dos alunos estudava só até o 5º ano. O ginásio era feito para filhos de pais letrados ou de famílias com mais recursos que podiam pagar pelo estudo. Nesse sentido, a lei foi um avanço. Garantiu a todas as crianças o ginásio, acabando com o exame de admissão, mas por outro lado eliminou um dos 9 anos.

2. Hoje 94,1% das crianças estão na escola, mas o desempenho é fraco. 
— Em 2009, voltamos a reprovar. Apesar do salto na Prova Brasil, os índices de reprovação refletiram no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Não maquiamos a realidade.

3. Quais os desafios?
— Garantir que pelo menos 95% das crianças com 7 anos ao final de 2012 estejam alfabetizadas e diminuir para menos de 10% alunos com defasagem idade/série no 6º ano.

4. E os obstáculos?
— Precisamos corrigir o fluxo escolar. Atualmente temos 11% de crianças com atraso e 22% no 6º ano. Criança defasada é indisciplinada e forte candidata a abandonar a escola. Por isso fazemos programas de aceleração.

5. Quantas escolas são em horário integral?
— Temos 163 escolas em turno único de 7 horas e 318 escolas, com atividades no contraturno. Esse será o futuro da rede, com professores trabalhando em regime de 40 horas. Vamos continuar investindo na capacitação do professor e em um currículo que possa ser adotado em toda a rede. Acredito que esse é o caminho mais sólido para o sucesso escolar.

O Brasileiro que calou o mundo.

ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!
SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS




Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!


DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS.. AJUDE A
DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS LÍNGUAS QUE DOMINAR.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

BLOG


        Os Blogs são páginas pessoais, em formato de diários, atualizadas a qualquer momento, trazendo links para outros blogs do dia-a-dia ou temas específicos, como cinema, arte música, educação e gira em torno de comentários sobre atualidades trazendo mais cor, expressão, identificação e individualidade à Internet.

        É a abreviação da palavra Weblog (rede, teia) e Log (registro); Os Weblogs são feitos no meio on-line, e os usuários que mantém esses registros na Internet são chamados de “blogueiros”.
        Weblogs, ou blogs, consistem em publicações de conteúdos como textos, links, fotos, poesias, déias, piadas, notícias etc... de forma cronológica como um jornal, ficando arquivado por um período determinado, através do próprio browser tornando-se mais fácil criar e publicar uma página Web como espaço pessoal,  que faz do weblog mais de uma ferramenta tecnológica, mais uma forma de inclusão na comunidade Web.
        Composto por pequenos parágrafos, segue uma linha de tempo, como um fato após o outro, semelhante a uma home page, mas com a vantagem de veiculação da informação em tempo real, numa maior possibilidade de interação com o leitor , que pode emitir sugestões, comentários, críticas e mandar recados, enfim tudo o que a imaginação do autor permitir; Os blogs também são uma excelente forma de comunicação entre uma família, amigos, grupo de trabalho, ou até mesmo empresas. Ele permite que grupos se comuniquem de forma mais simples e organizada do que através de e.mail ou grupos de discussão; Muitos  são pessoais,  intimistas, veiculam idéias ou sentimentos do autor, alguns são voltados para diversão e outros para o trabalho, mas também tem aqueles que misturam tudo. Mas, em geral, enfocam um tópico ou área de interesse para quem os escreve.
        Usar um blog é como mandar uma mensagem instantânea para toda a web: você escreve sempre que tiver vontade e todos que visitam seu blog tem acesso ao que foi escrito.


 O que isso significa para educadores e estudantes?
        “Chega em boa hora, quando a Rede já não trazia mais muitas novidades” (BERNERS,1997).

        Tim Berners-Lee’s, inventor da Web, em 1997 comentou aos membros da World-Wide Web consortium (WC3), que “A Web deve ser um meio para a comunicação entre povos: uma comunicação que produz conhecimento compartilhado.”
        Certamente a natureza aberta e flexível dos weblogs incentiva tais diálogos; muitos usuários universitários de weblolgs, ou “bloggers” vem convidando indivíduos das comunidades locais, nacionais e internacionais a participar de suas aulas através de seus Weblogs. Nas mãos de professores criativos, os Weblogs podem permitir aos estudantes, conectar suas experiências de sala de aula ao mundo.
        Os Weblogs podem dar suporte a Educação de várias formas, como um jornal acadêmico, um espaço de reflexão e discussão dos estudantes, uma forma de construir conhecimento  de  forma  autônoma  e  coletiva (colaborativa),  uma ferramenta  para estimular e  registrar pesquisas, uma memória coletiva  para equipes remotas ou não, bem como uma orientação para um estudante  novo. Ainda, mesmo que todo o seu potencial não seja explorado ao máximo, pode-se utilizá-lo para fornecer o  conteúdo  de  um  curso e  suas  atualizações, pois  os professores podem publicar e atualizar materiais com mais facilidade, eficiência e flexibilidade.


 BLOG: Diário de aprendizagem na rede
        O Blog ainda é novidade como recurso de aprendizagem, mas a linguagem é bem conhecida dos adolescentes, que o utilizam para publicar páginas pessoais, como os tradicionais diários.

        Na sala de aula, serve para registrar os conhecimentos adquiridos  pela  turma, durante os projetos de estudo, sendo  possível  enriquecer os relatos com  links, fotos, ilustrações e sons; Os professores acompanham e orientam as pesquisas abrindo novos canais de comunicação e  incentivando, com  isso,  o  convívio e aprendizagem das tecnologias envolvidas, convidando os  alunos para  criarem juntos o blog da turma.
        Todo o processo - escolher o servidor, eleger e editar o visual, inscrever os participantes e decidir o nome e os “objetivos”do blog - pode ser feito coletivamente.
        Se cada educando colaborar com o blog uma vez por semana, já serão várias novidades por dia; É bom lembrar que os servidores tiram do ar os blogs que ficam muito tempo sem atualizações.

        E o educador? Ele também teria acesso aos blogs pessoais dos alunos, podendo sempre comentá-los tirar dúvidas e selecionar bons textos e temas de discussão para levar para a sala de aula. Deixando os alunos livres para criar, sem compromisso de resultado ou nota, o professor obtém o que há de mais valioso nessa relação, passando a conhecer a cabeça de seus alunos, seus sonhos, medos, desejos e interesses.
        Tudo isso vale também para o professor, seja como for, levar o recurso de blogs para a escola pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos. Convidados a se divertir, eles estarão exercitando a leitura, a escrita, o senso crítico e a familiaridade com a informática. Os blogs são um símbolo do caráter democrático e plural da internet.
 Hospedagem gratuita de blog
www.uniblog.com.br
www.blogger.com.br
www.terra.com.br


Saiba mais...


 Sete motivos para um professor criar um blog * (Betina von Staa)
        Nesse mundo da tecnologia, inventam-se tantas novidades que realmente é difícil acompanhar todas as possibilidades de trabalho que se abrem para um professor. Recentemente, surgiu mais uma: o blog.
        No blog, tudo acontece de uma maneira bastante intuitiva; e com esse recurso, o educador tem um enorme espaço para explorar uma nova maneira de se comunicar com seus alunos. Vejamos sete motivos pelos quais um professor deveria, de fato, criar um blog.


1 - É divertido 
        É sempre necessário termos um motivo genuíno para fazer algo e, realmente, não há nada que legitime mais uma atividade que o fato de ela ser divertida. Um blog é criado assim: pensou, escreveu. E depois os outros comentam. Rapidamente, o professor vira autor e, ainda por cima, tem o privilégio de ver a reação de seus leitores. Como os blogs costumam ter uma linguagem bem cotidiana, bem gostosa de escrever e de ler, não há compromisso nem necessidade de textos longos, apesar de eles não serem proibidos. Como também é possível inserir imagens nos blogs, o educador tem uma excelente oportunidade de explorar essa linguagem tão atraente para qualquer leitor, o que aumenta ainda mais a diversão. O professor, como qualquer “blogueiro”, rapidamente descobrirá a magia da repercussão de suas palavras digitais e das imagens selecionadas (ou criadas). É possível até que fique “viciado” em fazer posts e ler comentários.  

2 - Aproxima professor e alunos

       Com o hábito de escrever e ter seu texto lido e comentado, não é preciso dizer que se cria um excelente canal de comunicação com os alunos, tantas vezes tão distantes. Além de trocar idéias com a turma, o que é um hábito extremamente saudável para a formação dos estudantes, no blog, o professor faz isso em um meio conhecido por eles, pois muitos costumam se comunicar por meio de seus blogs. Já pensou se eles puderem se comunicar com o seu professor dessa maneira? O professor “blogueiro” certamente se torna um ser mais próximo deles. Talvez, digital, o professor pareça até mais humano.

3 - Permite refletir sobre suas colocações
       O aspecto mais saudável do blog, e talvez o mais encantador, é que os posts sempre podem ser comentados. Com isso, o professor, como qualquer “blogueiro”, tem inúmeras oportunidades de refletir sobre as suas colocações, o que só lhe trará crescimento pessoal e profissional. A primeira reação de quem passou a vida acreditando que diários devem ser trancados com cadeado, ao compreender o que é um blog, deve ser de horror: “O quê? Diários agora são públicos?”. Mas pensemos por outro lado: que oportunidade maravilhosa poder descobrir o que os outros acham do que dizemos e perceber se as pessoas compreendem o que escrevemos do mesmo modo que nós! Desse modo, podemos refinar o discurso, descobrir o que causa polêmica e o que precisa ser mais bem explicado ao leitor. O professor “blogueiro” certamente começa a refletir mais sobre suas próprias opiniões, o que é uma das práticas mais desejáveis para um mestre em tempos em que se acredita que a construção do conhecimento se dá pelo diálogo.

4 - Liga o professor ao mundo        Conectado à modernidade tecnológica e a uma nova maneira de se comunicar com os alunos, o educador também vai acabar conectando-se ainda mais ao mundo em que vive. Isso ocorre concretamente nos blogs por meio dos links (que significam “elos”, em inglês) que ele é convidado a inserir em seu espaço.  Os blogs mais modernos reservam espaços para links, e logo o professor “blogueiro” acabará por dar algumas sugestões ali. Ao indicar um link, o professor se conecta ao mundo, pois muito provavelmente deve ter feito uma ou várias pesquisas para descobrir o que lhe interessava. Com essa prática, acaba descobrindo uma novidade ou outra e tornando-se uma pessoa ainda mais interessante. Além disso, o blog será um instrumento para conectar o leitor a fontes de consulta provavelmente interessantes. E assim estamos todos conectados: professor, seus colegas, alunos e mundo.

5 - Amplia a aula        Não é preciso dizer que, com tanta conexão possibilitada por um blog, o professor consegue ampliar sua aula. Aquilo que não foi debatido nos 45 minutos que ele tinha reservados para si na escola pode ser explorado com maior profundidade em outro tempo e espaço. Alunos interessados podem aproveitar a oportunidade para pensar mais um pouco sobre o tema, o que nunca faz mal a ninguém. Mesmo que não caia na prova.

6 - Permite trocar experiências com colegas        Com um recurso tão divertido em mãos, também é possível que os colegas professores entrem nos blogs uns dos outros. Essa troca de experiências e de reflexões certamente será muito rica. Em um ambiente onde a comunicação entre pares é tão entrecortada e limitada pela disponibilidade de tempo, até professores de turnos, unidades e mesmo escolas diferentes poderão aprender uns com os outros. E tudo isso, muitas vezes, sem a pressão de estarem ali por obrigação. (É claro que os blogs mais divertidos serão os mais visitados. E não precisamos confundir diversão com falta de seriedade profissional.)

7 - Torna o trabalho visível
        Por fim, para quem gosta de um pouco de publicidade, nada mais interessante que saber que tudo o que é publicado (até mesmo os comentários) no blog fica disponível para quem quiser ver. O professor que possui um blog tem mais possibilidade de ser visto, comentado e conhecido por seu trabalho e suas reflexões. Por que não experimentar a fama pelo menos por algum tempo?Antes de fazer seu próprio blog, vale a pena consultar as realizações de algumas pessoas comuns ou dos mais variados profissionais. Faça uma busca livre pela Internet para descobrir o que se faz nos blogs pelo mundo afora e (re)invente o seu!


    * Betina von Staa é coordenadora de pesquisa em tecnologia educacional e articulista da divisão de portais da Positivo Informática. Autora e docente de cursos on-line para a COGEAE, a Fundação Vanzolini e o UnicenP, é doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP.
 Referências bibliográficas:
  • DICKINSON, Guy. Weblogs: can they accelerate expertise? Tese de mestrado em Educação da Ultralab, Anglia Polytechnic University, Reino Unido, 2003. Acesso em: 29 jul. 2005. <www.educacional.com.br/abresite.asp?IdPublicacao=113781>
  • GENTILE, Paola. Blog: diário (de aprendizagem) na rede. Nova escola, jun./jul. 2004. Acesso em: 29 jul. 2005. <www.educacional.com.br/abresite.asp?IdPublicacao=113782>
  • KOMESU, Fabiana Cristina. Blogs e as práticas de escrita sobre si na Internet. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio;
  • XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
  • LEARNING and Leading with Technology. BlogOn, 2005. vol 32, n. 6.

       Créditos - BLOG: 
       revistaescola.abril.com.br/blog/blog_indice.shtml
       www.educacional.com.br
       www.educarede.org.br/educa/index.cfm
       www.infowester.com
       www.insite.com.br
       www.sinprosp.org.br

Pesquisa mostra que apenas 2% dos jovens querem ser professores


O aluno em Licenciatura em Física na USP, Rivaldo Vieira Xavier. Foto: Michel Filho
Marcelle Ribeiro - O Globo
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SÃO PAULO - A falta de professores qualificados ainda preocupa no Brasil, e a desvalorização da carreira faz com que muitos jovens prefiram outras profissões. Cerca de 600 mil professores que atuam na educação básica — que inclui a educação infantil e os ensinos fundamental e médio — não têm o preparo necessário à função, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). E apenas 2% dos jovens querem cursar Pedagogia ou alguma licenciatura, segundo pesquisa da Fundação Carlos Chagas.
Pela legislação atual, os professores da educação básica têm que ter nível superior. Porém, cerca de 600 mil dos quase dois milhões de docentes do país não possuem curso universitário, segundo o MEC. De acordo com o secretário de Ensino Superior do ministério, Luiz Cláudio Costa, cerca de 300 mil estão fazendo licenciaturas ou mestrado para se adequar à exigência.
Na avaliação de especialistas, há carência de professores qualificados em diversas áreas, como nos primeiros anos da educação infantil e nas disciplinas de Física e Química.
— Nas Ciências Biológicas, faltam professores praticamente em todos os setores. As redes procuram cobrir isso usando profissionais que, na sua formação, tangenciam as disciplinas (em que há falta de professores) — diz a pesquisadora Bernadete Gatti, colaboradora da Fundação Carlos Chagas.
Como outros especialistas, Bernadete se preocupa com a queda no número de alunos de licenciatura ou Pedagogia. Segundo o MEC, esse número vem diminuindo na modalidade presencial, por causa da falta de interesse dos jovens. Em 2005, 1,2 milhão de alunos estudava alguma licenciatura, número que, em 2009, passou para 978 mil. No mesmo período, o número de alunos de Pedagogia caiu de 288 mil para 247 mil.
No entanto, houve expansão das graduações à distância, para atender à necessidade de professores que já estão no mercado de trabalho. De 2005 para 2009, o número de estudantes das licenciaturas subiu de 101 mil para 427 mil. Nos cursos de Pedagogia, o número pulou de 27 mil para 265 mil, no mesmo período.
— Nem todos os cursos à distância são ruins. Mas eles não são supervisionados direito, não têm uma proposta clara. Muitos alunos desistem porque não têm com quem discutir — diz a superintendente de pesquisa em Educação da Fundação Carlos Chagas, Elba Siqueira Barretto.
MEC rebate e diz que tem fechado cursos de má qualidade.
A evasão dos cursos de Pedagogia e licenciatura também preocupa educadores.
— Nas universidades privadas, os cursos de licenciatura e a Pedagogia são os que têm as taxas mais elevadas de evasão, de 50 a 55% — afirma Maria Helena Guimarães Castro, ex-presidente do Inep, órgão responsável pelas estatísticas do MEC.
Mas, segundo o MEC, dados preliminares já mostram que a taxa de evasão está diminuindo em algumas universidades.
"Quero lutar pela educação", diz estudante
Pesquisa realizada em 2010 pelas fundações Carlos Chagas e Victor Civita mostrou que, dos 1.500 alunos ouvidos, apenas 2% dos jovens do terceiro ano do ensino médio pretendiam cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura.
— A carreira é um horror. Apesar de os planos de carreira terem melhorado, e de existir um piso salarial nacional (R$ 1.187 para jornada de 40 horas semanais), eles deixam a desejar. A média salarial está baixa em relação às exigências. Outra coisa que afeta a escolha é a condição das escolas públicas, que são precárias, sem infraestrutura e gestão — diz Bernadete.
Mesmo sabendo desses problemas, o estudante de Pedagogia Cesar Scarpelli, de 24 anos, quer dar aulas para crianças:
— Quero lutar pela educação. Meus pais sempre falam: "não vá trabalhar na rede pública", por causa da ideia de que é uma profissão sofrível. Mas acho que temos que ir para a periferia.
Rivaldo Vieira Xavier Júnior, de 21 anos, estuda licenciatura em Física e sabe bem o que é sofrer com a falta de professores:
— Estudei em escola pública e fiquei sem aulas de Química por quase todo o segundo ano do ensino médio. Tenho interesse em educação devido à realidade da escola onde estudei. Ser professor no Brasil é ato de coragem.
Já a estudante de Pedagogia Maria Alice Bertodini diz que é preciso ser sonhador para abraçar a profissão:
— A ideia de ser professor é idealista, é por amor, por gostar de crianças.
Para o estudante de Química Mauritz Gregori de Vries, de 20 anos, que dá aulas particulares, falta vocação a muitos dos que estão fazendo licenciatura.
— Às vezes, as pessoas fazem a licenciatura porque sabem que a demanda por professores é alta e que um emprego na indústria, por exemplo, é mais difícil.
O secretário de Ensino Superior do MEC reconhece que os salários não são adequados. Mas diz que a meta do governo é que, em 2020, o rendimento médio dos docentes com a qualificação necessária seja o mesmo que o de qualquer profissional com nível superior.



Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/educacao/pesquisa-mostra-que-apenas-2-dos-jovens-querem-ser-professores-3234765.html#ixzz1dghPhgY9
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